Não é fome Claro que não é fome Este vazio que me vai, bem no centro da barriga Não sei. Não sei o que me veio à cabeça quando vieste ter comigo com um par de cervejas. Trouxeste-me os raios de sol. A Natureza que há em mim estava seca, mórbida. Trouxeste-me vida. O coração que era árido tornou-se brilhante. Gostava de poder meter uns “e” ou uns “então” Mas é com tristeza que digo que nem a imaginação está do meu lado desta vez. Não sei onde hei-de meter a ficção. O que me interessa neste momento é mesmo essa falta, Que me fazes. Estou perdido À procura de paz interior Acho eu. Acho que é por isso que não estico a mão para te puxar para mim. Por não estar em paz E por não querer depositar toda essa responsabilidade nas tuas mãos Fodasse! Como são perfeitas as tuas mãos Custa-me recordar. Recordar não é viver Mais parece uma névoa estranha em frente a mim Parece um sonho e caralho como eu detesto os meus sonhos Estou farto del
prosa com nuances poéticas. devaneios de garrafa vazia.