Avançar para o conteúdo principal

Aberto

Cuidadoso, Lento.

Levando o céu
cescendo na areia
multiplicando raízes.

Moldas-te, cresces, divulgas e reparas.
Vens e Vais com o mar e eu,
planeio-te como às marés.

Vens e molhas-me,
Vais e deixas-me fresco,
imóvel, preparado a ser moldado
perfeito para recordar e
de novo ser fixado.

Sem nunca me deixar ficar de ficar
para que me molhes de novo,
que vás, de novo e assim
me mantenhas novo.

Novo e pronto a envelhecer,
permitindo novos sais e curvas,
para que as antigas ganhem o descanso merecido.

Só assim cresces,
Só assim permaneces,
Sem nunca ser esquecido.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Eco vs Ego

Se um dia me procurares vê bem por baixo da rocha. Espreita em todas as pontes e sítios escuros que te lembrares. Busca e pergunta qual é o caminho por onde andam os sonhadores. Corre atrás dos campos estrelados e perde-te nos escombros daqueles prédios que se esqueceram de construir. Sobe os escadarios sem corrimão, confia só nas tuas pernas , pois mesmo as paredes se desfazem se lhes tocas. Se subires  até ao topo, escreve-me uma carta e deixa-a lá. Encostada entre os ninhos de cegonhas as antenas parabólicas. Prometo que nunca a hei de ler, pois se acreditas mesmo no que fomos, sabes que agora sou luz e passei a ser aquilo que sonhava.